Postado por: Clínica de Direitos Humanos UFPR novembro 30, 2015

Fonte: Adital
O polêmico Projeto de Lei 6583/2013, também conhecido como Estatuto da Família, recentemente voltou à tramitação por iniciativa do Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ).

O projeto, de autoria do deputado Anderson Ferreira (PR-PE), da bancada evangélica, propõe que a família receba assistência especializada para o enfrentamento do problema da droga e do álcool. Também determina que o governo preste apoio efetivo às adolescentes grávidas prematuramente, e que seja dada prioridade na tramitação de processos judiciais e administrativos em demandas que ponham em risco à preservação e sobrevivência da entidade familiar.

Segundo o texto, a manutenção da saúde dos membros da família será efetivada por meio do cadastramento da entidade familiar; dos núcleos de referência, com pessoal especializado nas áreas de psicologia e assistência social; do atendimento domiciliar e em instituições públicas, filantrópicas e sem fins lucrativos; da reabilitação do convívio familiar orientada por profissionais especializados; e da assistência à gravidez na adolescência.

O ponto mais discutido, no entanto, trata do reconhecimento de “família” apenas como o núcleo social formados a partir da união de um homem e de uma mulher; uma viúva ou viúvo e seus filhos; um divorciado, uma divorciada ou mãe solteira com seus dependentes. Além disso, a proposta também prevê a redução de direitos hoje concedidos aos homossexuais pelo Poder Judiciário, tais como a união homoafetiva e a adoção.

De acordo com Anderson Ferreira, “a família vem sofrendo com as rápidas mudanças ocorridas em sociedade”, e que, apesar de a Constituição prever que o Estado deva proteger a família, “o fato é que não há políticas públicas efetivas voltadas para a valorização da família e ao enfrentamento de questões complexas no mundo contemporâneo”, afirmou o deputado.

Já o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais, Carlos Magno, afirma que, ao restringir a definição de família ao núcleo formado por homem e mulher, o Estatuto não reflete a realidade da população brasileira. “Hoje você vê que existem outros arranjos familiares. Existem casais de pessoas do mesmo sexo, onde o Supremo Tribunal Federal já reconhece a união estável (…). O Conselho Nacional de Justiça já autoriza que os cartórios façam reversão da união estável para casamento. Já existem várias decisões judiciais de casais homossexuais adotando crianças."


Fonte: http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/DIREITOS-HUMANOS/462211-ENQUETE-SOBRE-ESTATUTO-DA-FAMILIA-BATE-RECORDE-DE-ACESSOS-AO-SITE-DA-CAMARA.html

Deixe um comentário

Subscribe to Posts | Subscribe to Comments

- Copyright © Fala Direito Comigo - Hatsune Miku - Powered by Blogger - Designed by Johanes Djogan - Modified by Bianca, Fernanda, Nadine e Roberta -